domingo, 7 de abril de 2013




ATALHOS

Corta caminho
Fuga do espinho

sonia delsin 



CAMINHOS

Na estrada...
Flores
Espinhos
 Caminhos
Cada qual com sua cruz
Com sua missão
Não se pode mudar a direção


sonia delsin 



A CHAMA

Apagada a chama
Lágrimas por quem?
Por quem partiu?
Por quem ficou?
Ela olha a chama apagada
Não diz nada
Não há o que dizer...
Ele escolheu?
Ela escolheu?
A morte escolhe alguém?
Caminhos de ninguém

sonia delsin 



MORRE-SE UM POUCO

Morre-se um pouco a cada dia
A cada instante
E mesmo tentando agarrar a vida temos que partir
Acontece que jamais termina o existir
Transpomos essa barreira chamada morte
Passamos a porta
E alcançamos outro horizonte
Neste novo horizonte a liberdade é total?
Podemos voar?
Sempre podemos voar
Esta liberdade existe
Precisamos é acreditar

sonia delsin 



ONDE FICARAM AS ROSAS?

Elas desabrochavam lindamente
Nas frescas manhãs elas desabrochavam
Vinham colibris e borboletas
Era festa em meu jardim
Eu dançava
Rodopiava
Dálias e margaridas também abundavam
E lírios
Era uma criança feliz
Muitas vezes eu me pergunto o que foi feito do jardim da minha meninice
Ainda bem que o trago guardado dentro d’alma

...
E sempre agradeço a Deus porque formei outro
O real... que lindamente enfeita minha casa

sonia delsin 



VENTO FORTE

Chegou o vento forte
A morte
A morte de nosso amor
Dizem que amor quando é amor de verdade não pode morrer
Não sei...
Sei que sofremos
Agora nem sei mais o que temos
Lembranças apenas?

sonia delsin 



MEMÓRIA

Guardamos...
Ah, quanta coisa guardamos!
Como te amei!
Como nos amamos!
Em que abismo nos jogamos!


sonia delsin